sábado, 16 de abril de 2011

Vida de São Vincente de Paulo

Vida de São Vicente de Paulo.

São Vicente de Paulo nasceu no dia 24 de abril de 1581 na cidade de Pouy – França e foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Filho de pobres camponeses, São Vicente tinha cinco irmãos todos receberam de sua mãe ensino religioso. Seus dois irmãos mais velhos ajudavam os pais na lavoura e Vicente era pastor de ovelhas e de porcos. Desde pequeno, demonstrava muita inteligência e grande religiosidade e entrou para o seminário e foi ordenado padre ainda bem novo, com apenas 19 anos de idade.
O início de sua vida sacerdotal foi marcado por muitas dificuldades e desacertos. Foi ordenado sacerdote em 23 de setembro de 1600. Continuou os estudos por mais 4 anos, recebendo o título de Doutor em Teologia.
Uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança, pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.  Ele foi atrás do devedor, encontrando-o recebeu grande parte do dinheiro; ia regressar de navio, por ser mais rápido e mais barato. Na viagem o barco foi aprisionado por barcos de piratas turcos, e levados para a Turquia. Em Tunis foram vendidos como escravos. Vicente foi vendido para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, ele passou pra um seu sobrinho, que o vendeu para um fazendeiro (um renegado) que antes era católico, e com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas; uma era turca, que ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou e quis saber o significado do que ele cantava. Ela, ciente da história, censurou o marido por ter abandonado uma religião tão bonita. O patrão de Vicente, arrependido, propôs ao escravo a fugirem para a França. Esta fuga só foi realizada 10 meses depois.
Em um pequeno barco, atravessaram o Mar Mediterrâneo e foram dar na costa francesa, em Aignes Nortes e de lá foram para Avinhão. Nesta cidade encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente e voltou para a Igreja Católica. Tendo o Papa de mandar um documento sigiloso para o Rei da França, padre Vicente foi o escolhido. Pelos serviços prestados o Rei indicou-o como Capelão da Rainha. Seu serviço era distribuir esmolas para os pobres que rodeavam o Palácio, e visitar os doentes do Hospital da Caridade, em nome da Rainha. Padre Vicente não gostava do ambiente do Palácio e passou a morar em uma pensão, no mesmo quarto com um juiz. Certo dia amanhecera doente; o empregado da farmácia que vai atendê-lo, precisando de um copo, vai apanhar em um armário, e viu ali um dinheiro, que era do juiz, e ficou com ele. Na volta do juiz, não encontrando seu dinheiro, quis que padre Vicente desse conta dele; como ele não sabia do acontecido, o juiz colocou-o para fora do quarto e coluniou-o de ladrão.
Padre Vicente fica conhecendo o padre Berulle, que mais tarde foi nomeado Bispo de Paris, e indicou-o para vigário de Clichy, subúrbio de Paris.
Paróquia pobre, a maioria de seus habitantes eram horticultores. Padre Vicente se deu bem com eles; as missas eram bem participadas e instituiu a comunhão geral nos primeiros domingos o mês. Criou a Confraria do Rosário, para todos os dias visitar os doentes. Padre Vicente atendendo ao padre Berulle deixa a paróquia e vai ser o preceptor dos filhos do general das Galeras.
Foi residir no Palácio dos Gondi, família rica e da alta nobreza. Eles tinham grandes propriedades e padre Vicente, em companhia da senhora De Gondi, visita uma destas propriedades; é chamado para atender um agonizante e assiste sua confissão. Este disse para a senhora De Gondi, que se não fosse à presença do sacerdote, ele iria morrer em grandes faltas e ia permanecer no fogo eterno.
Padre Vicente percebeu que o povo do campo estava abandonado e na missa dominical concitou o povo a fazer a confissão geral. Teve que arranjar outros padres para ajudá-lo nas confissões, tantos eram os que queriam confessar. Padre Vicente esteve morando com a família Gondi 5 anos. Simulou a necessidade de ir a Paris e Atendendo o chamado do padre Berulle, padre Vicente volta para morar em casa dos Gondi, onde fica mais 8 anos.
Com o auxílio da senhora De Gondi, funda a Congregação das Missões e a Confraria da Caridade; a primeira cuida da evangelização dos camponeses e a segunda daria assistência espiritual e corporal aos pobres, isto em 1618. Em Folevile funda uma Confraria de Caridade para homens, em 23/10/1620.
Padre Vicente sempre preocupou com as crianças enjeitadas e abandonadas, com os velhos e com os pobres e doentes. Durante sua vida criou grandes obras, que até hoje estão prestando serviços à humanidade.
A primeira irmã de caridade foi uma camponesa de nome Margarida Nasseau, que, com a orientação de Luiza de Marilac, ele estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade. Elas eram 4 camponesas, hoje são centenas. Isto se deu em 29 de novembro de 1633.
 Padre Vicente tinha quase 80 anos quando faleceu dia 27 de setembro de 1660.  Em 16 de junho de 1737 foi canonizado pelo papa Clemente XII, e em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.

Vida de Antônio Frederico Ozanam

Vida de Ozanam
N

o dia 23 de abril de 1813, nascia Antônio Frederico Ozanam, filho de João Antônio Ozanam e Maria Nantas.
Ozanam era um menino franzino e doente, por isso vivia sob os cuidados de sua mãe e irmã Elisa. Apesar de franzino Frederico demonstrava inteligência viva, acompanhando com atenção os estudos dos irmãos mais velhos. Aos nove anos entrou para o Colégio Real de Lião, ali despertou sua vocação literária. Enquanto isso Maria Nantas dava aos filhos sólida formação cristã.
No colégio Frederico despertava entre seus mestres a maior admiração, destiguindo-se pela facilidade com que aprendia as lições. Aos treze anos escrevia verso, tanto em francês quanto em latim, muitas dessas composições eram sobre os mistérios da vida de Jesus e louvor à Virgem Santíssima.
Aos dezesseis anos Ozanam concluiu seus estudos secundários; seu pai tinha a idéia de vê-lo seguir a magistratura. Embora não gostando da idéia, pois sua vocação era literatura, submeteu-se ele aos desígnios paternos.
Em meados de 1831, ele inicia o curso de Direito, apesar de não ser essa a sua vontade Ozanam dedicou inteiramente aos estudos, participava das Conferências e debates entre advogados. Foi durante esse período que Ozanam por causa da religião foi diversas vezes perseguido e provocado, pois uma nova religião chegava à França era o “ Novo Cristianismo” que deturpava o Catolicismo.
Na escola de Direito Ozanam conheceu outros católicos que compartilhavam das suas idéias e não concordavam com as provocações  de professores e colegas contra a Igreja.  Eram eles: Lallier e Lamache. Mais depois conheceu Bailly e Le Taillandier na Sociedade dos Bons Estudos.
A Sociedade dos Bons Estudos, posteriormente passou a se chamar “Conferências de Histórias” que reunia diversas pessoas como visões diferentes. Foi em uma dessas reuniões que um estudante declarou: “ Vocês têm razão se ficarem no passado, quando o Cristianismo fez prodígios. Mas hoje ele está morto! E vocês que se gabam do seu catolicismo, que fazem agora? Cadê suas obras, as obras que provam sua fé e que nos poderiam convencer?  As palavras do colega atingiram o coração de Ozanam, obrigando-o a concordar com ele, Ozanam refletiu e viu que era necessário imitar a Cristo e concluiu: “ Vamos aos Pobres”.
Ozanam, Lamache e Bailly preferiram uma caridade manual. Bailly grande devoto de São Vicente de Paulo se dispôs a colaborar na organização de uma sociedade para amparar famílias necessitadas.
Deram à organização o nome de Conferência de Caridade, depois se juntaram a eles Devaux e Clave. Assentados os fundamentos, realizou-se a primeira sessão, presidida por Bailly, provavelmente a 23 de Abril de 1833, após invocação ao Espírito Santo e leitura piedosa. Adotou-se então como obra fundamental a visita às famílias pobres nos domicílios, não devendo os socorros ser dado em dinheiro. Estabeleceram-se sessões semanais, contribuindo cada membro com o que pudesse, sem que um soubesse a quantia dada pelo outro e estabeleceram que São Vicente de Paulo fosse o patrono da obra.  Recorreram às filhas de caridade para escolher as famílias que realmente precisavam de auxilio. Escolhida as famílias a socorrer, cada “confrade”, pois foi esse o titulo que se deram, tratou de pôr as mãos às obras. Em uma sessão de 4 de fevereiro de 1834 adotaram o titulo de Sociedade de São Vicente de Paulo e a proteção da Imaculada Conceição.
Ozanam conclui seus estudos em direito e em 1841 casa-se com Amélia e torna-se pai. As conferencias se multiplicaram em toda França. Em 15 de julho de 1848 circulou pela primeira vez o Boletim da Sociedade.
A nefrite que o atacara em 1846, voltara a manifestar-se em 1849. Os sofrimentos aumentavam e ante os sintomas alarmantes da enfermidade, os médicos prescreveram-lhe repouso absoluto.
A morte se avizinhava então Ozanam pediu os últimos sacramentos.
Amanheceu o dia 8 de setembro – Natividade de Nossa Senhora – ele dormia tranquilamente. De repente, abriu os olhos,   como fitando alguém, levantou as mãos e gritou: “Meu Deus, Meu Deus, tende piedade de mim”. Essas foram as suas ultimas palavras.
Aos 40 anos morria Antônio Frederico Ozanam, homem de adoração diária, a comunhão freqüente era o apoio de sua vida espiritual, um dos principais fundadores da Sociedade era o movimento da obra como diziam seus companheiros, valente, incansável e grande defensor da Igreja Católica Apostólica Romana.

Ozanam deixou uma grande herança a SSVP e cabe a cada um de nós cuidar e conserva-la para que viva como ele sempre sonhou.

“Quero formar no mundo uma grande rede de caridade”
Ozanam